Qual a melhor rede social para vender em 2025?

Você, pequeno ou médio empreendedor, já deve ter se perguntado: “qual rede social é melhor para vender meus produtos ou serviços, especialmente aqui no Brasil?”.

A resposta mais honesta é: depende.

Mas calma! Com base nos dados de 2025 sobre comportamento do consumidor e performance das plataformas, dá pra traçar um caminho certeiro.

Vamos conhecer quem é quem no universo do marketing digital para PMEs.

1. Instagram: o canivete suíço das vendas visuais

Se tem uma rede que continua sendo a queridinha das marcas em 2025, é o Instagram.

Ele reúne tudo: gente interessada em descobrir novidades, ferramentas práticas de venda e um espaço visualmente atrativo para mostrar seu produto em ação.

A maioria dos usuários está na faixa de 25 a 34 anos ou seja, adultos economicamente ativos que tomam decisões de compra. E o mais interessante: 72% já compraram algo que viram por lá.

Produtos que performam muito bem lá, são os dependem de inspiração, estética ou tendência, como:

• moda,
• beleza,
• decoração
• gastronomia
• produtos artesanais
• e até itens de papelaria criativa

Não é à toa que empreendedores criativos encontram no Instagram um aliado para transformar seguidores em clientes:

• Loja integrada e posts “compráveis”: com o Instagram Shopping, você pode etiquetar produtos nas fotos, vídeos e Reels e levar o cliente direto pro carrinho.
• Stories com links e CTAs: excelente para divulgar promoções rápidas, lançamentos ou bastidores do negócio.
• Reels de demonstração ou transformação: conteúdo curto, dinâmico e com apelo emocional vende muito, antes e depois, reviews e dicas funcionam bem.
• Parcerias com criadores de conteúdo: influenciadores locais ou de nicho ajudam a validar seu produto e gerar prova social.
• Anúncios com segmentação por interesse, localização e comportamento: ideal para encontrar públicos semelhantes aos seus clientes atuais.

No Instagram, a venda começa pela imagem e se concretiza pela conexão.

Se seu produto desperta desejo visual ou pode ser explicado em poucos segundos de vídeo, esta rede é sua vitrine.

2. Facebook: o clássico ainda relevante

Mesmo com o crescimento de outras redes, o Facebook continua sendo uma peça importante na estratégia de vendas de muitos negócios especialmente quando o foco está em produtos para o público adulto, famílias ou regiões específicas.

Com mais de 114 milhões de usuários no Brasil, a rede ainda tem um alcance expressivo, principalmente entre pessoas de 30 a 50 anos.

E mais: 62% dos usuários já compraram algo depois de ver um anúncio na plataforma.

Se você trabalha com eletrodomésticos, móveis, serviços locais, cursos, moda casual ou até alimentação por delivery, o Facebook pode funcionar muito bem principalmente se o seu público não está mais tão presente em redes como o Instagram e TikTok, por exemplo.

Além disso, o Facebook se destaca por ferramentas que facilitam a segmentação regional e o relacionamento dentro de comunidades de nicho:

• Marketplace para vendas locais: ideal para quem trabalha com pronta-entrega ou deseja alcançar clientes da própria cidade ou região.
• Grupos de interesse: existem comunidades ativas para praticamente tudo de produtos naturais a peças de carro e é ali que muitas vendas começam com recomendações espontâneas.
• Facebook Shops com integração ao Instagram: você pode montar uma loja acessível nas duas redes ao mesmo tempo.
• Anúncios com grande alcance e bom custo por clique: é possível segmentar por faixa etária, localização, interesses e até comportamentos (como quem interagiu com seu site).
• Publicações com conteúdo útil e CTA direto: quanto mais valor você entrega (dicas, curiosidades, bastidores), mais engajamento e confiança você constrói.

O Facebook é ideal para negócios que querem combinar visibilidade, confiança e conversão, principalmente com públicos que valorizam mais o texto do que a imagem, e preferem ofertas diretas com explicações claras.

Se o seu público tem um perfil mais tradicional ou regional, vale muito manter uma presença estratégica por lá.

3. TikTok: poder de viralização (para o público jovem)

O TikTok deixou de ser “só uma rede de dancinhas” faz tempo.

Hoje, é um dos principais canais para descobrir produtos e criar desejo instantâneo — especialmente entre os mais jovens.

Com mais de 91,7 milhões de usuários no Brasil, a plataforma é dominada por um público de até 30 anos, que consome conteúdo de forma intensa, autêntica e rápida.

Se o seu negócio vende cosméticos, acessórios, gadgets criativos, itens de papelaria, roupas estilosas, produtos pet ou qualquer coisa que possa viralizar com uma demonstração simples, vale muito a pena explorar o TikTok.

O segredo da rede está na espontaneidade: conteúdos reais, sem super produção, têm mais chances de engajar.

E como 1 em cada 3 usuários brasileiros já comprou algo que descobriu por lá, essa pode ser uma excelente porta de entrada para novos clientes inclusive aqueles que nunca ouviram falar da sua marca.

• TikTok Shop: permite vender diretamente dentro da plataforma, com integração ao e-commerce e lives de venda (aquelas com influencer mostrando o produto ao vivo).
• Anúncios em vídeo no feed (In-Feed Ads): aparecem entre os conteúdos comuns e, quando bem feitos, nem parecem anúncio.
• Trends e challenges: usar músicas e formatos que estão bombando aumenta sua chance de viralizar.
• Unboxing e reviews curtos: mostrar a experiência de uso é um dos gatilhos mais poderosos para vendas na rede.
• Conteúdo com rosto e emoção: vídeos com pessoas reais geram mais conexão do que peças institucionais.

O TikTok é ideal para marcas que querem crescer rápido, gerar buzz e conquistar um público conectado com novidades.

Não é sobre “vender no primeiro vídeo”, mas sobre criar uma presença que desperte desejo, gere comentários e coloque o seu produto na conversa do momento.

Se a sua marca tem personalidade e criatividade, esse é o palco certo.

Case Skala: de vídeo espontâneo a crescimento de 35% no faturamento

A Skala, marca mineira de cosméticos capilares, protagonizou um dos cases mais impressionantes de 2024 no TikTok e tudo começou fora do Brasil.

Uma jovem peruana, morando nos Estados Unidos, postou um vídeo simples mostrando o resultado de um dos cremes da Skala no cabelo, especialmente pelo custo-benefício, já que o produto custa menos de US$ 3, no Brasil, algo em torno de R$ 10 a R$ 15,00.

O vídeo viralizou. E o impacto foi muito além dos likes.

Antes disso, a Skala enviava um container por ano para os Estados Unidos, com cerca de 25 mil potes.

Após o vídeo da Joanna, a empresa precisou despachar dez containers e um deles inteiramente com o creme de maracujá sugerido por ela.

O buzz foi tão grande que a marca acompanhou as hashtags:

• #skala chegou a 592,4 milhões de visualizações no TikTok;
• #skalacosméticos, 142,4 milhões;
• E #braziliancurlyhairproducts, 15,4 milhões.

O reflexo disso no negócio foi direto: o faturamento da empresa cresceu 35%. E os produtos à base de maracujá diretamente ligados ao post viral dobraram em vendas.

4. LinkedIn: mais foco em B2B e networking profissional

O LinkedIn é uma rede social completamente diferente das demais e isso é ótimo.

Aqui, o foco não está no entretenimento, mas em conexões de valor, posicionamento profissional e geração de oportunidades de negócio.

Em 2025, o LinkedIn ultrapassou 80 milhões de usuários no Brasil, sendo uma das maiores bases da plataforma fora dos EUA.

A maioria dos usuários está na faixa de 25 a 54 anos, com poder de decisão dentro das empresas.

É por isso que a rede tem se consolidado como o melhor ambiente digital para negócios B2B, serviços de alto valor, educação profissional, consultorias, tecnologia e soluções corporativas.

Diferente de outras redes, no LinkedIn o que gera resultado é autoridade.

Aqui, o conteúdo tem um ritmo mais denso e estratégico é sobre mostrar domínio de assunto, compartilhar insights, apresentar cases e, principalmente, construir confiança para negócios com ciclo de venda mais longo.

• Sponsored Content e anúncios segmentados: você pode promover posts diretamente no feed de profissionais com cargo, setor, localização e nível de decisão específicos.
• Lead Gen Forms: formulários integrados à plataforma, que permitem captar leads sem sair do LinkedIn, com altíssima taxa de conversão em campanhas B2B.
• Sales Navigator: ferramenta paga que ajuda a encontrar e se conectar com os leads certos, com filtros avançados e alertas.
• Conteúdo institucional e de bastidores: posts que mostram cultura, inovação, aprendizados e até erros têm ótima performance.
• Autoridade e networking: o algoritmo privilegia interações relevantes — então, quanto mais genuíno e útil for seu conteúdo, mais ele se espalha.

O LinkedIn é perfeito para quem quer vender soluções, e não só produtos. Se você oferece algo que exige explicação, gera impacto financeiro ou demanda uma decisão mais racional, esta é a rede ideal para trabalhar posicionamento e relacionamento antes mesmo de pensar em anúncio.

5. YouTube: autoridade via vídeos mais longos

O YouTube vai além de uma plataforma de entretenimento.

Em 2025, ele segue sendo uma das ferramentas mais poderosas para educar, influenciar e vender, especialmente para produtos e serviços que exigem mais explicação, demonstração ou comparação.

No Brasil, o YouTube tem cerca de 147 milhões de usuários ativos, e é a segunda plataforma mais usada para pesquisar informações sobre produtos perdendo apenas para o Google.

O público mais presente por lá está entre 18 e 34 anos, mas o alcance é bastante amplo, indo desde estudantes até profissionais e famílias.

Isso faz com que o YouTube seja uma vitrine ideal para negócios que vendem tecnologia, ferramentas, cursos online, softwares, produtos para casa, itens de uso técnico e até soluções de saúde e bem-estar.

Além disso, como o conteúdo tem uma vida útil mais longa, os vídeos continuam gerando resultados por semanas ou até meses, depois de publicados.

• Anúncios TrueView: aqueles que aparecem no início ou no meio dos vídeos e podem direcionar para seu site, produto ou formulário.
• Cards clicáveis e links nos vídeos: você pode inserir CTAs em pontos estratégicos, como “compre agora” ou “saiba mais”.
• Conteúdo educativo: vídeos que resolvem dúvidas (como usar, qual escolher, o que evitar) têm altíssimo potencial de conversão.
• SEO de vídeo: com títulos otimizados, descrições bem feitas e tags corretas, seus vídeos aparecem tanto no YouTube quanto nas buscas do Google.
• Autoridade e confiança: quando o cliente vê você explicando com clareza e profundidade, a barreira da desconfiança cai e a venda se aproxima.

Se você tem um produto que precisa ser entendido antes de ser comprado, ou um serviço que ganha valor quando é bem explicado, o YouTube é o canal ideal.

Com consistência, é possível construir autoridade, atrair novos clientes e vender sem parecer que está vendendo.

Resumo prático: veja o que usar e por quê

E então, qual é a melhor rede social para vender?

Não existe rede “campeã” universal, o segredo está na combinação certa para o seu público e oferta:

1. Comece já no Instagram, se seu negócio depende da estética, imagem e recomendação visual.
2. Explore o TikTok e ganhe visibilidade se seu público for jovem.
3. Facebook ainda entrega, especialmente em campanhas locais e promoções.
4. Partiu B2B? LinkedIn é sua rede.
5. Quer mostrar o produto em detalhe? Aposte no YouTube.

E o melhor?

Você não precisa estar em todas ao mesmo tempo.

Comece com uma ou duas, teste resultados, e vá expandindo com calma e estratégia.